quinta-feira, 12 de julho de 2012

O Bebop, a Geração Beat e o Rhythm and Blues

O bebop que apareceu com o fim das big bands, foi outra raiz do rock and roll. Era um tipo de jazz misturado ao blues feito pelos jovens negros, mas não era dançante como o som das swing bands. Nomes como o do saxofonista Charlie Parker e do trompetista Dizzy Gillespie destacaram-se nessa onda.





Já a chamada beat generation foi uma grande influência literária nos anos 1950.
William Burroughs, em 1953, publicou Junkie, certamente o mais chocante dos livros beats. Em 1955, Allen Ginsberg, em São Francisco, criou um grande impacto ao apresentar o poema "Howl" (Uivo). Um ano depois publicou Uivo e Outros Poemas, que, ao lado do clássico On the road, escrito por Jack Kerouac em 1957, tonaram-se livros cultuados da literatura beat.
Totalmente diferentes da geração adolescente do rock and roll, os beats ouviam jazz e bebop, e eram adeptos de novas experiências espirituais, como o zen-budismo e outras religiões orientais.

William Burroughs e Jack Kerouac
O R&B já tinha sua fama e seus fãs antes da geração rock'n'roll, porém muitos dos principais cantores de Rhythm and Blues destacaram-se também cantando rock nas rádios e lançando vários discos de sucesso.
Entre eles, pode-se citar Fats Domino. Vindo de Nova Orleans, ele foi o primeiro cantor negro de R&B a furar o cerco das paradas de rock com "Ain't that a Shame" em 1955.
Um mês depois foi a vez de Chuck Berry com "Maybellene" e a gravação de outros clássicos que fizeram de Chuck uma das personalidades mais influentes do rock.
No final de 1955, Little Richard surgiu no cenário musical com "Tutti Frutti" e emplacou várias outr as faixas de um R&B mais selvagem do que a linha melódica de Domino. Mas, a partir daí, esse R&B já era conhecido entre os jovens como rock and roll, e Little Richard foi considerado aquele que representou a conexão entre os dois gêneros.
Além disso, Richard e Domino venderam muitos discos e apareceram em muitos filmes, fazendo com que o Rhythm and Blues deixasse de ser uma música de gueto e se tornasse parte essencial do fenômeno rock and roll. Jovens brancos e negros consumiam suas músicas, o que serviu até mesmo como um manifesto revolucionário contra o racismo.






Fonte: Almanaque do Rock, 2008.


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